segunda-feira, 17 de julho de 2017

12 Angry Men (Sidney Lumet - 1957)


Seguindo o encerramento do caso do julgamento do assassinato cometido por um adolescente, os membros do júri devem chegar a um consenso sobre qual será o veredito. Enquanto os 12 indivíduos estão fechados em uma sala para tomar uma decisão, onze deles votam pela condenação do réu, porém um deles acredita na inocência do jovem e tenta convencer os outros a mudarem seus votos, dando início a um conflito que ameaça inviabilizar o delicado processo que vai decidir o destino do acusado.

[12 Homens e uma Sentença. Direção: Sidney Lumet. ]

[DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA. Título original: “Twelve Angry Men”. Direção: Sidney Lumet. Roteiro: Reginald Rose. 1957 ‧ Filme policial/Drama. Produção/Distribuição: Fox/MGM. Elenco: Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley, E.G. Marshall, JackWarden, Martin Balsam, John Fiedler, Jack Klugman, Edward Binns, Joseph Sweeney, George Voskovec, Robert Webber. EUA. 1957. Drama. DVD. 1h20.]


OBSERVAÇÕES:

Segundo o crítico Sérgio Vaz:


O filme teve três indicações ao Oscar – melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado. Henry Fonda ganhou o Bafta como melhor ator. Lumet venceu o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim. No total, foram 13 prêmios e seis outras indicações.

Pauline Kael diz que “este engenhoso melodrama passado numa sala de júri provoca mais suspense que grande parte dos policiais de suspense”. “Tanto o roteiro de Reginald Rose (baseado na sua telepeça) quanto a direção de Sidney Lumet são tão à prova de erro que o filme tem cheiro de sucesso; mas foi um fracasso comercial. A psicologia social do filme é sintonizada para uma platéia culta.”

Na lista dos dez melhores filmes sobre tribunal do American Film Institute, o filme está em segundo lugar, depois de O Sol Por Testemunha/To Kill a Mockingbird, de Robert Mulligan, baseado no romance de Harper Lee.

O livro 501 Must-See Movies diz: “Lumet está sem dúvida atacando o sistema legal americano e, apesar da composição bem uniforme do júri em gênero, raça e classe social, um número surpreendente de preconceitos e temas emergem dentro daquela sala. O réu é não-branco, e o racismo é um fator chave em muitas das justificativas dos homens para dar um veredito de culpado além de dúvida razoável. (…) Ao manter a ação em apenas um local, a platéia é brindada como uma experiência mais genuína, tornando-se totalmente envolvida no processo dessa monumental responsabilidade.”

O livro 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer dá informações interessantíssimas, que eu desconhecia. Conta que a história foi criada originalmente como uma peça feita para a TV, e apresentada ao vivo em 1954 pela CBS; durante décadas, inclusive, acreditou-se que a apresentação original havia se perdido, até que, em 2003, seria descoberta uma fita gravada com o programa.

Henry Fonda viu a apresentação na TV e ficou impressionado com a peça. “Reconhecendo um papel que se adequava com perfeição à sua sinceridade tranqüila e vendo a oportunidade de um filme emocionante, ele (Henry Fonda) o produziu do próprio bolso. Entregou a direção a Lumet, um dinâmico veterano do teatro de TV ao vivo, cuja experiência lhe permitiu – e ao diretor de fotografia Boris Kaufman, outro especialista em trabalhar em espaços limitados e em preto-e-branco – extrair a tensão galopante do roteiro bem amarrado de Rose e concluir o filme em menos de 20 dias.”

50 anos de filmes: FONTE

Para se aprofundar no sentido do filme, ler "A análise hermenêutica no filme Doze Homens e uma Sentença", da advogada Sandra Reis da Silva. AQUI

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