Diké é a palavra grega que significa decisão justa e que se distinguia de Nomos, a norma, a formulação geral. Tem a mesma origem que a expressão latina digitus, dedo, significando inicialmente indicação, decisão, coisa que se ditava. Uma alegoria (acúmulo de metáforas, materialização de um conceito abstrato) da ideia de Justiça.
Os gregos
colocavam a balança com os dois pratos na mão esquerda da Deusa
Diké (representando a igualdade buscada pelo direito) e na direita, uma espada (simbolizando a força).
Ela se apresentava
sempre de pé com os olhos bem abertos. O fiel só iria para o meio
após a realização da justiça, do ato tido por justo, pronunciando
o direito no momento de “ison” (equilíbrio da balança,
isonomia). Note-se que, nesta acepção, para os gregos, o justo
(Direito) era identificado com o igual (Igualdade). (FERRAZ JÚNIOR, 2003,
p. 32-33)
O fato de
que a Deusa grega tivesse uma espada e a romana não, mostra que os
gregos aliavam o conhecimento do direito com a força
para executá-lo. Segundo IHERING (2004), "o direito não é mero pensamento, mas sim força
viva. Por isso, a Justiça segura, numa das mãos, a balança, com a
qual pesa o direito, e na outra a espada, com a qual o defende. A
espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a
fraqueza do direito. Ambas se completam e o verdadeiro estado de
direito só existe onde a força, com a qual a Justiça empunha a
espada, usa a mesma destreza com que maneja a balança”.
Quando associada à mãe Themis, sua mãe, é representada com a venda nos olhos, símbolo da imparcialidade, tendo aos pés um livro ou pergaminho, simbolizando a lei.
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